quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Dia Mundial da Sepse

Conheça um pouco sobre a principal causa de morte nas UTIs do país, que mata mais que o infarto e o câncer
Atualmente, a principal causa de morte nas unidades de terapia intensiva (UTI), é causada pela sepse – ocorrência que mata mais que o infarto do miocárdio e alguns tipos de câncer. O Brasil tem uma das mais altas taxas de mortalidade do mundo por esta inflamação generalizada. Estima-se que 400 mil novos casos são diagnosticados por ano, e deste número, 240 mil evoluem para morte.
A sepse é uma inflamação generalizada do organismo causada por uma infecção que pode estar localizada em qualquer órgão. E no dia 13 de setembro é comemorado o Dia Mundial da Sepse com o intuito de informar a população sobre essa inflamação, que é uma reação exagerada do próprio organismo e pode levar ao mau funcionamento de um ou mais órgãos, com risco de morte quando não descoberta e tratada rapidamente.
Qualquer pessoa pode ter sepse, mas há um grupo de risco maior: prematuros, crianças abaixo de um ano, idosos, pacientes com câncer, AIDS ou que fizeram uso de quimioterapia ou outros medicamentos que afetam as defesas do organismo, pacientes com doenças crônicas como insuficiência cardíaca, insuficiência renal, diabetes, usuários de álcool e drogas e pacientes hospitalizados que utilizam antibióticos, catetéres ou sondas.
De acordo com o médico intensivista, coordenador do CTI do Hospital Meridional, Marcus Vinicius A. Leitão, a Sepse é uma doença que não possui sintomas específicos e estima-se que 30 milhões de pacientes no mundo sejam acometidos pela doença. “Em países em desenvolvimento,  a pobreza, a falta de acesso às vacinas, a má nutrição e falta de conhecimento da doença leva ainda a uma alta taxa de mortalidade. Alguns sinais de alerta que podem estar presentes na sepse são: febre, aceleração  do  coração  (taquicardia),  respiração  mais  rápida (taquipnéia), fraqueza intensa, pressão  baixa,  diminuição  da  quantidade de urina, falta de ar, sonolência excessiva”, ressaltou.
Marcus Vinícius explica que um dos agravamentos da sepse é que ela pode evoluir a partir de qualquer tipo de infecção, leve ou grave. As mais comuns são a pneumonia, infecções intra-abdominais e infecção urinária. Por isso, quanto menor o tempo com infecção, menor a chance de surgimento da sepse. Para que isso aconteça, o tratamento rápido das infecções é uma das estratégias que devem ser adotadas.

Mas fique atento, também têm algumas dicas para prevenir esta inflamação. O risco de sepse pode ser diminuído, principalmente em crianças, respeitando o calendário de vacinação. Outra dica importante  é  evitar  a  automedicação  e  o  uso  indiscriminado  e desnecessário de antibióticos - que devem sempre ser prescritos por um médico. E para os médicos, a higiene adequada das mãos e cuidados com os equipamentos médicos também podem ajudar a prevenir infecções hospitalares que levam à sepse.

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