Igreja do Rosário |
A Igreja de Nossa Senhora do Rosário,
considerada um dos monumentos religiosos mais antigos de Vitória, vai inaugurar
a restauração de suas fachadas no próximo dia 12 de setembro. As obras duraram
cerca de seis meses e foram realizadas pelo Instituto Goia, com a aprovação do
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e apoio da
ArcelorMittal Tubarão, que investiu R$ 120 mil no projeto.
A solenidade
será realizada às 16h30 e contará com apresentações do Coral ArcelorMittal e da
Companhia de Teatro Estripolia. A Igreja de Nossa Senhora do Rosário fica na
Escadaria do Rosário, s/nº, Centro Histórico de Vitória.
Projeto social
Oito jovens capacitados pelo Instituto Goia atuaram no
trabalho de restauração. Eles foram formados pela Escola
Multidisciplinar Profissionalizante de Artes e Ofícios (EMPAO), projeto do
Instituto Goia que forma mão de obra entre jovens residentes na Grande Vitória,
que vivem em situação de vulnerabilidade social.
A EMPAO capacita
cerca de 40 jovens por ano. Todos tem idades entre 18 e 24 anos, e concluíram
ou estão cursando o ensino médio. Eles são profissionalizados na arte da
restauração de bens imóveis e patrimônio cultural, por meio de aulas teóricas e
práticas, além de estágio monitorado e remunerado durante a obra. O
projeto foi elaborado a partir da identificação da escassez de mão de obra em
restauração no Estado e na crescente demanda por parte dos proprietários de
imóveis de interesse de preservação para indicação de profissionais
qualificados para executar a restauração de seus imóveis.
Com mais de 10
anos de atuação em obras de restauro, o Instituto Goia já realizou a
restauração de mais de 30 edificações na Grande Vitória e interior do Estado,
todas por meio da mão de obra formada pela EMPAO.
História
Datada de 1765, a obra de construção da Igreja
Nossa Senhora do Rosário foi realizada por escravos e duraram dois anos. Seu
acesso principal se dá por uma extensa escadaria voltada para o mar. Tombada
como patrimônio histórico nacional, a igreja mantém as características
originais da fachada colonial e o frontão barroco, além do cemitério e dos
ossários em seus corredores.
No local, existe um pequeno museu que resgata
toda a história da igreja, a partir da apresentação de imagens e peças
utilizadas pela Irmandade de São Benedito, inclusive antigas vestes e um andor
que pesa cerca de 400 quilos, usados pelos fiéis durante as famosas
procissões.
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