Suportar uma pressão atmosférica até
três vezes maior que a do nível do mar pode ser o caminho da cura para quem
busca normalizar cicatrizes e combater infecções. A técnica é conhecida como
Oxigenoterapia Hiperbárica (OH),
foi desenvolvida pela NASA na década de 60 e será ofertada no Espírito Santo a
partir desse mês (março), em uma clínica exclusiva para o tratamento, que vai
funcionar no Hospital Meridional.
O serviço, destinado para toda população, contará com duas câmaras. O
equipamento conhecido como multiplace terá capacidade para até 12 pacientes
sentados ou deitados. A pressurização será feita com ar comprimido sendo
necessário uso de máscaras para inalação. Já a câmara monoplace comporta um
paciente deitado e exala oxigênio 100% puro não havendo necessidade de usar
máscaras.
Os pacientes serão conduzidos por um médico especialista em Medicina
Hiperbárica (MHB) e um enfermeiro com treinamento na área. O tratamento precisa
de recomendação médica e, em geral, alguns dos casos submetidos à técnica são
embolia e gangrena gasosa; intoxicação; lesões por esmagamento; queimadura;
doença do mergulho; infecções necrotizantes; anemia por impossibilidade de
transfusão; abscesso craniano, etc.
Saiba mais
Entre
1950 e 1960, os estudos científicos se intensificaram e começou uma análise do
oxigênio nas áreas de aviação e mergulho marinho, principalmente pela NASA.
Descobriu-se também, que a inalação de oxigênio puro, dentro de câmaras
hiperbáricas, aumentava as taxas de oxigenação do sangue e de todos os tecidos
do corpo. Concluiu-se daí que tal aumento propiciava o combate a infecções,
acelerava os processos de cicatrização e potencializava o uso de antibióticos.
Ao transcender estas investigações à comunidade científica aumentou as
aplicações terapêuticas.
Fonte: JAIN, K., K., M.D.: Medicina
Hiperbárica. Colégio
Americano de Medicina Hiperbárica.
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