Conheça
um pouco sobre a principal causa de morte nas UTIs do país, que mata mais que o
infarto e o câncer
Atualmente, a
principal causa de morte nas unidades de terapia intensiva (UTI), é causada
pela sepse – ocorrência que mata mais que o infarto do miocárdio e alguns tipos
de câncer. O Brasil tem uma das mais altas taxas de mortalidade do mundo por
esta inflamação generalizada. Estima-se que 400 mil novos casos são
diagnosticados por ano, e deste número, 240 mil evoluem para morte.
A sepse é uma
inflamação generalizada do organismo causada por uma infecção que pode estar
localizada em qualquer órgão. E no dia 13 de setembro é comemorado o Dia
Mundial da Sepse com o intuito de informar a população sobre essa inflamação,
que é uma reação exagerada do próprio organismo e pode levar ao mau
funcionamento de um ou mais órgãos, com risco de morte quando não descoberta e
tratada rapidamente.
Qualquer pessoa pode ter
sepse, mas há um grupo de risco maior: prematuros, crianças abaixo de um ano,
idosos, pacientes com câncer, AIDS ou que fizeram uso de quimioterapia ou
outros medicamentos que afetam as defesas do organismo, pacientes com doenças
crônicas como insuficiência cardíaca, insuficiência renal, diabetes, usuários
de álcool e drogas e pacientes hospitalizados que utilizam antibióticos,
catetéres ou sondas.
De
acordo com o médico intensivista, coordenador do CTI do Hospital Meridional,
Marcus Vinicius A. Leitão, a Sepse é uma doença que não possui sintomas
específicos e estima-se que 30 milhões de pacientes no mundo sejam acometidos
pela doença. “Em países em desenvolvimento, a pobreza, a falta de
acesso às vacinas, a má nutrição e falta de conhecimento da doença leva ainda a
uma alta taxa de mortalidade. Alguns sinais de alerta que podem estar presentes
na sepse são: febre, aceleração do coração
(taquicardia), respiração mais rápida (taquipnéia), fraqueza
intensa, pressão baixa, diminuição da quantidade de
urina, falta de ar, sonolência excessiva”, ressaltou.
Marcus
Vinícius explica que um dos agravamentos da sepse é que ela pode evoluir a
partir de qualquer tipo de infecção, leve ou grave. As mais comuns são a
pneumonia, infecções intra-abdominais e infecção urinária. Por isso, quanto
menor o tempo com infecção, menor a chance de surgimento da sepse. Para que isso
aconteça, o tratamento rápido das infecções é uma das estratégias que devem ser
adotadas.
Mas fique
atento, também têm algumas dicas para prevenir esta inflamação. O risco de
sepse pode ser diminuído, principalmente em crianças, respeitando o calendário
de vacinação. Outra dica importante é evitar a
automedicação e o uso indiscriminado e
desnecessário de antibióticos - que devem sempre ser prescritos por um médico.
E para os médicos, a higiene adequada das mãos e cuidados com os equipamentos
médicos também podem ajudar a prevenir infecções hospitalares que levam à
sepse.
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