quarta-feira, 28 de maio de 2014

Empresas inovadoras ajudam a fomentar a economia capixaba


Não faltam cases de grandes invenções criadas por jovens universitários em startups. E, já que precisamos ser um país mais inovador, fica a questão: como a sociedade pode ajudar a criar mais dessas histórias? A resposta é complexa, mas um caminho que se mostrou viável passa pelas incubadoras de empresas. Normalmente associadas a universidades e institutos de pesquisa, com espaço físico, infraestrutura, apoio à gestão, e às vezes acompanhamento jurídico e suporte à captação de recursos financeiros, as incubadoras criam um ambiente melhor para que novas ideias cheguem ao mercado com mais possibilidade de sucesso.

Essas empresas incubadas muitas vezes se portam como um grande braço para o avanço da economia naquela região, já que os produtos ali desenvolvidos se mostram diferenciados dentro de seus setores. No Espírito Santo, desde que foi descoberta a camada pré-sal, que toma grande parte de nosso território marítimo, muito se tem falado como isso pode contribuir para o maior desenvolvimento do nosso Estado.

Para o Superintendente da TecVitória, Vinícius Chagas Barbosa, hoje, mais do que nunca, se faz necessário no Estado o surgimento de novas empresas para trazer inovações, tanto no atendimento às cadeias produtivas do setor petroleiro quanto de outros setores essenciais da economia capixaba, como o de mineração. “As empresas de base tecnológica se caracterizam pela constante busca do novo, gerando postos de trabalho qualificado e oportunidades renda diferenciada por conta da mescla entre o conhecimento técnico ou científico, e as demandas emanadas pelo mercado”, afirma.

Esse resultado sistematizado pelas incubadoras gera exemplos que tendem a estimular o surgimento de novos empreendimentos, criando um ciclo virtuoso que injeta dinheiro novo na economia local, seja por vendas externas, seja pela geração de impostos, beneficiando a região e, consequentemente, a sociedade.

É o caso da RGI Engenharia, que tornou-se empresa incubada da TecVitória há um ano e desenvolve projetos para a ampliação e otimização da exploração de petróleo, com foco na camada pré-sal. O engenheiro mecânico Rodrigo Marchesi conta que a ideia de desenvolver a empresa surgiu em sintonia com a descoberta da camada, pois “sabia que era o momento certo para apostar nas ideias que tinha”.

Ele acredita que há um incentivo muito grande no Estado e no Brasil para o desenvolvimento de ideias inovadoras, mas, ao mesmo tempo, tem sido cada vez mais difícil se destacar. “Hoje possuímos dois projetos voltados apenas para a área de petróleo, além de outros focados em outras áreas, que estão em fase de desenvolvimento e que, se forem implantados com sucesso, ajudarão a incentivar a abertura de um cenário ainda maior para as empresas que estão surgindo no território capixaba”, comenta.

Para Rodrigo, o que falta para o mercado de ideias inovadoras ganhar uma ascensão maior é um diálogo mais aproximado com as Universidades Federais. “As pesquisas desenvolvidas pelas Universidades muitas vezes vêm de encontro com o que estamos desenvolvendo aqui, logo, o estreitamento relacional impulsionaria os projetos”, diz.

No caso do Espírito Santo o novo ciclo gerado pelo Petróleo e Gás trouxe a reboque a percepção de um sem número de oportunidades, tanto em nível de nacionalização de equipamentos, quanto no que tange à agregação de novas características nos já existentes e, ainda, a criação de soluções para problemas ainda despercebidos.


Em 1993, o Brasil tinha apenas 13 incubadoras e, hoje, já possui aproximadamente 400 – cada vez mais focadas em tecnologia. Uma pesquisa da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), mostra que a busca pela inovação é o que define a maior parte das empresas incubadas: 58% desses empreendimentos têm como foco o desenvolvimento de novo produto ou processo a partir de pesquisas científicas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário