Mulheres precisam de atenção redobrada na hora de ingerir a pílula anticoncepcional. De acordo com especialistas, o comprimido pode até perder parte do efeito quando seu uso está associado a tratamentos de saúde à base de antibióticos, anticonvulsivantes e antidepressivos.
A nulidade do efeito da pílula é bastante comum quando associados a antibióticos que apresentam em sua fórmula a ampicilina. A substância é muito utilizada para tratar infecções urinárias, faringo-amigdalites e pneumonias. No caso dos anticonvulsivantes, são os utilizados no tratamento de diversas formas de epilepsia que oferecem mais riscos.
“O risco de engravidar é certo embora não possa citar um percentual, pois depende de cada paciente. Mas as mulheres precisam ter cuidado porque a quando há diminuição dos efeitos do anticoncepcional as chances de gravidez são muito grandes”, contou o ginecologista do Meridional Luiz Alberto Sobral.
Mas o que fazer? A recomendação é, primeiro, conversar com o médico e o farmacêutico sobre a chamada interação medicamentosa. “A paciente será orientada a fazer uso de um outro método de prevenção mais adequada, como, por exemplo, contraceptivos de barreiras (preservativos), caso a mulher precise ingerir esse tipo de medicação”, explica o farmacêutico da Saúde Farma, Paulo Alexandre Palácio.
Além disso, as mulheres podem se certificar se que o contraceptivo oral escolhido contém, pelo menos, 50 microgramas de etinil-estradiol ou mestranol. A substância ajuda a garantir que o efeito contraceptivo da pílula será mantido, mesmo consumido com outros remédios. “A informação dessa substância a mulher pode obter com o farmacêutico na hora em que for efetuar a compra do anticoncepcional”, acrescentou Paulo Alexandre Palácio.
O ginecologista Luiz Alberto Sobral, do Hospital Meridional, completa que o contrário também pode acontecer. “O contraceptivo pode cortar o efeito de um anticoagulante, por exemplo, e de corticóides se o uso for simultâneo”.
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