A inovação se tornou
palavra-chave no país quando se fala na busca pela excelência nos negócios,
seja nas empresas que estão surgindo agora ou, até mesmo, nas principais e mais
consolidadas companhias que atuam no Brasil. O termo é pauta nos mais diversos
nichos econômicos e, nos últimos anos, ganhou força a partir do intercâmbio
entre grandes e pequenas empresas, buscando promover a inovação em seus
processos.
Entre os exemplos mais
bem-sucedidos desse intercâmbio no Estado está a parceria entre a Etaure,
empresa de base tecnológica sediada na TecVitória, principal incubadora do
Espírito Santo, e a ArcelorMittal Tubarão, uma das maiores produtoras de aço do
mundo. Os engenheiros da startup foram os responsáveis por migrar e modernizar
todo o sistema de automação dos três altos-fornos que operam na empresa,
concluído no final de 2015.
De acordo com Saulo
Bittencourt, Sócio-Proprietário da Etaure, o projeto implantou uma tecnologia
de automação diferenciada, possibilitando maior excelência no processo, que é
um dos mais importantes para a produção do aço. “A tecnologia tem possibilitado
que as empresas criem maior autonomia para seus processos-chaves e a modernização
de tecnologias, às vezes defasada, se tornaram muito importantes para a gestão
das ‘grandes’”, acrescenta Saulo.
Para o Superintendente da
TecVitória, Vinícius Chagas Barbosa, esse tipo de intercâmbio reforça o papel
das empresas inovadoras de base tecnológica para o cenário empresarial do país.
“As empresas aqui sediadas exercem um importante protagonismo na inovação do
Brasil e as grandes companhias percebem isso. São diversos os exemplos de
projetos de inovação desenvolvidos por incubadas e startups que são comprados
pelas grandes do país e do mundo”, completa Vinícius.
Outro exemplo bem-sucedido
vem do setor petroleiro do Estado, tendo como protagonista a TecVix, incubada
da TecVitória, e a Petrobras. O projeto dos tubos injetores de vapor da empresa
capixaba teve como objetivo resolver um dos principais problemas na extração de
petróleo no Norte do Estado, que é a viscosidade do produto encontrado na
camada on-shore.
A empresa desenvolveu o
projeto de aprimoramento de um tubo que injeta vapor no equipamento responsável
pela extração do petróleo, diminuindo a densidade e tornando o produto mais
fácil de ser extraído. A inovação também gera otimização e redução nos custos
de retirada do produto do solo. O equipamento já está em operação e figurou
entre os três primeiros lugares do Prêmio Nacional de Inovação – Categoria
Inovação Tecnológica, que apresentou seus vencedores em 2015, em São Paulo. O
projeto foi o único representante capixaba a chegar na final.
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