sexta-feira, 6 de julho de 2012

Uma das edificações mais antigas da capital receberá obras de restauro


Datada do século XVI, a Capela Santa Luzia terá sua fachada restaurada num trabalho feito pelo Instituto Goia, com apoio da ArcelorMittal Tubarão

A histórica Capela Santa Luzia, localizada no Centro de Vitória, terá sua fachada restaurada. As obras começam no dia 10 de julho e deverão durar cerca de cinco meses, com inauguração prevista para dezembro. Imprescindível para a valorização e manutenção do monumento, o trabalho de restauro será feito pelo Instituto Goia, num convênio firmado com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e com apoio da ArcelorMittal Tubarão.

Em seus mais de 10 anos de atuação, o Instituto Goia já restaurou 30 edificações na Grande Vitória e interior do Estado, a partir da mão de obra formada pela Escola Multidisciplinar Profissionalizante de Artes e Ofícios (EMPAO), um projeto que visa capacitar anualmente cerca de 40 jovens em situação de vulnerabilidade social, com idade entre 18 e 24 anos, que tenham concluído ou estejam cursando o ensino médio, residentes na Grande Vitória. Eles são profissionalizados na arte da restauração de bens imóveis e patrimônio cultural, por meio de aulas teóricas e práticas e trabalho monitorado remunerado em obra.

A Capela Santa Luzia fica localizada na rua José Marcelino, Centro Histórico de Vitória.

História
Construída no século XVI em uma elevação rochosa, a Capela tem estilo colonial. Considerada a edificação mais antiga de Vitória ainda preservada, foi edificada dentro da fazenda de Duarte de Lemos, que recebeu a ilha como doação do primeiro donatário da Capitania do Espírito Santo, Vasco Fernandes Coutinho. Mesmo com características das construções religiosas de sua época, a capela tem como peculiaridade a sua única porta de acesso, voltada para o sul e coroada com um pequeno frontão, datado do século XVIII. Ao lado localiza-se a torre sineira. Ela funcionou normalmente até 1928, mesmo em precário estado de conservação. Por muito tempo permaneceu fechada e quase ruiu, mas em 1943 passou por uma restauração, feita pelo construtor André Carloni. Em 1946, foi tombada como patrimônio histórico pelo Governo Federal, passando a funcionar como Museu de Arte Sacra e galeria de arte. Considerada uma obra de grande valor histórico-cultural, é um marco do início da ocupação da ilha de Vitória.

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