Datada
do século XVI, a Capela Santa Luzia terá sua fachada restaurada num trabalho
feito pelo Instituto Goia, com apoio da ArcelorMittal Tubarão
A
histórica Capela Santa Luzia, localizada no Centro de Vitória, terá sua fachada
restaurada. As obras começam no dia 10 de julho e deverão durar cerca de cinco
meses, com inauguração prevista para dezembro. Imprescindível para a
valorização e manutenção do monumento, o trabalho de restauro será feito pelo
Instituto Goia, num convênio firmado com o Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (IPHAN) e com apoio da ArcelorMittal Tubarão.
Em
seus mais de 10 anos de atuação, o Instituto Goia já restaurou 30 edificações
na Grande Vitória e interior do Estado, a partir da mão de obra formada pela
Escola Multidisciplinar Profissionalizante de
Artes e Ofícios (EMPAO), um projeto que
visa capacitar anualmente cerca de 40 jovens em situação de vulnerabilidade
social, com idade entre 18 e 24 anos, que tenham concluído ou estejam cursando
o ensino médio, residentes na Grande Vitória. Eles são profissionalizados na
arte da restauração de bens imóveis e patrimônio cultural, por meio de aulas
teóricas e práticas e trabalho monitorado remunerado em obra.
A
Capela Santa Luzia fica localizada na rua José Marcelino, Centro Histórico de
Vitória.
História
Construída
no século XVI em uma elevação rochosa, a Capela tem estilo colonial.
Considerada a edificação mais antiga de Vitória ainda preservada, foi edificada
dentro da fazenda de Duarte de Lemos, que recebeu a ilha como doação do
primeiro donatário da Capitania do Espírito Santo, Vasco Fernandes Coutinho.
Mesmo com características das construções religiosas de sua época, a capela tem
como peculiaridade a sua única porta de acesso, voltada para o sul e coroada
com um pequeno frontão, datado do século XVIII. Ao lado localiza-se a torre
sineira. Ela funcionou normalmente até 1928, mesmo em precário estado de
conservação. Por muito tempo permaneceu fechada e quase ruiu, mas em 1943
passou por uma restauração, feita pelo construtor André Carloni. Em 1946, foi
tombada como patrimônio histórico pelo Governo Federal, passando a funcionar
como Museu de Arte Sacra e galeria de arte. Considerada uma obra de grande
valor histórico-cultural, é um marco do início da ocupação da ilha de Vitória.
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