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quinta-feira, 30 de junho de 2011
Espetáculos nacionais e internacionais são atrações do “Festival ES de Dança”
Durante quatro dias, entre quinta-feira (07) e domingo (10), o Espírito Santo entrará no ritmo do “Festival ES de Dança”. Serão mais de 20 espetáculos de dança locais, nacionais e até internacionais, apresentados em vários pontos da capital Vitória, além flashmobs, mesas de debates, oficinas de capacitação, além de uma programação complementar em mais dois municípios.
Além de apresentações em espaços públicos, o evento terá como sede três espaços culturais: Theatro Carlos Gomes, no Centro; Teatro do Sesi, e Escola de Dança Cridança, em Jardim da Penha. Todos os espetáculos são gratuitos. Nos teatros os ingressos devem ser retirados uma hora antes dos espetáculos.
A iniciativa é uma realização conjunta da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e Serviço Social da Indústria (Sesi-ES), que tem parceria do Instituto de Ação Social e Cultural Sincades, e apoio da Fundação Nacional de Artes (Funarte); e da Escola de Dança Cridança.
O objetivo do “Festival ES de Dança” é fortalecer o mercado de trabalho, promover a reflexão sobre o cenário de dança no Estado, e incentivar o intercâmbio dos grupos capixabas com as companhias e pesquisadores nacionais.
Companhias Nacionais
Três companhias de dança nacionais participam da programação do Festival. São elas: “Grupo Cena 11 Cia de Dança”, de Santa Catarina; “Grupo de Dança 1° Ato”, de Minas Gerais; e “Quasar Cia de Dança”, de Goiás.
A companhia catarinense “Grupo Cena 11 Cia de Dança” apresentará no primeiro dia do Festival, na quinta-feira (07), o espetáculo “Embodied Voodoo Game”, que aborda a relação entre o corpo e o videogame por meio de interação entre movimentos físicos e digitais. Criado em 1993, o grupo é hoje uma companhia de formação e pesquisa em dança, que possui oito bailarinos em seu corpo efetivo e três diretores artísticos.
O “Grupo de Dança 1° Ato”, sob a direção da bailarina e coreógrafa mineira Suely Machado, que acumula mais de 48 prêmios nacionais, virá ao Estado com dois espetáculos. “Adorno” criará no Theatro Carlos Gomes, no sábado (09), uma ambientação tecnológica, com interferências, efeitos visuais, e projeções de vídeos, possibilitando o diálogo entre dança e tecnologia. O estilista Ronaldo Fraga, ousado e inovador, assina o figurino do espetáculo.
A outra apresentação do grupo será realizada no Parque Pedra da Cebola, no bairro Mata da Praia, no domingo (10). Trata-se do espetáculo infantil “Quebra-Cabeça”, uma montagem leve e divertida que mescla teatro, circo e mímica.
Outro grupo que vem de fora para participar do evento é a “Quasar Cia de Dança”, que encerra a programação do Festival, no domingo (10), com o espetáculo “Céu da Boca”. Os bailarinos criam, no palco do Carlos Gomes, paralelos entre o céu (como lugar ideal, mas inatingível), e a boca (metáfora para a realidade palpável). A companhia goiana foi criada no final da década de 80, e a proposta do grupo desde o começo foi romper com as regras acadêmicas a fugir de padrões.
Outro destaque da programação nacional é o espetáculo infantil “Espalha pra geral”, uma construção da coreógrafa e bailarina carioca Denise Stutz, em parceria com o artista visual Felipe Ribeiro. Serão duas apresentações no Teatro do Sesi, a primeira na abertura do Festival; e outra na sexta-feira (08). “Espalha pra geral” é um espetáculo que trabalha com o imaginário infantil contemporâneo. Os bailarinos inserem, abstraem e compartilham com o público cenas que vão desde aos jogos de morte do videogame aos cruzamentos de pipas, das danças de rua à brincadeira de casinha, da TV ao celular.
Bailarina da Salzburg Ballet, da Áustria
Na sexta-feira (08), no Carlos Gomes, haverá apresentação da bailarina Stephanine Ricciardi, que desde o ano passado faz parte do Salzburg Ballet, na Áustria; e já se apresentou em várias produções, entre elas “Romeu e Julieta” e “Bela Adormecida”.
A trajetória de Stephanine começou em Rio Branco, no Acre, onde ela nasceu e iniciou os estudos em dança. Em 2001, ela mudou-se para a capital capixaba para estudar na Escola de Dança Mônica Tenore. Algum tempo depois, em 2003, foi uma das quatro aprovadas entre 60 vagas, na Escola de Teatro Bolshoi, no Brasil. Em 2009, a bailarina fez estágio de um mês na Cia de Teatro Bolshoi de Moscou, e no final participou do espetáculo “Don Quixote”.
Companhias locais e coreógrafos independentes
No final de maio, seis novos coreógrafos e seis companhias de dança profissionais do Estado foram selecionados para participar do “Festival ES de Dança”.
As companhias contempladas se apresentarão em dois dias diferentes. Na sexta-feira (08), serão três espetáculos: “Passagens”, da Mitzi Marzutti Cia de Dança; “Ma’kwenda! Ma’kuisa! Memórias de um Corpo Negro”, da Negraô Cia de Dança; e “Inabitáveis”, da Cia de Dança In Pares. No mesmo dia, a Urucum Cia de Dança faz duas apresentações de “Bunda e Progresso”, em dois espaços públicos: à tarde na Av. Expedito Garcia, em Campo Grande; e à noite na Rua da Lama, em Jardim da Penha.
Outras duas companhias se apresentam no domingo (10), desta vez no Teatro do Sesi. O Ballet da llha Cia de Dança mostra o espetáculo “Super Nany”; e a Cia Teatro Urgente, leva para o palco a "Stultifera navis, a nau dos loucos”.
Já os coreógrafos independentes usarão também usarão espaço do Teatro do Sesi, na sexta-feira (08). Na ordem se apresentam Álvaro Leal, com “Fim de Tarde”; Liliani Cunha, com “Extremos”; Armando Aurich, com “Eco – 3 Solos”; Fabrício de Jesus Santos, com “Afro Continente”; Nerdin Montenegro, com “Elos”; e Alecsandro Lacerda da Silva, com o espetáculo “Ultimate B...Boys”.
“A Caixa de Bonifácia”, outra apresentação local de destaque, acontecerá em dois espaços públicos do Centro de Vitória: Praça Oito e Praça Costa Pereira, também na sexta-feira (08). Trata-se de um trabalho de Ingrid Mendonça, diretora, escritora, coreógrafa e bailarina, voltado para expressão corporal específica para utilização de máscara. O espetáculo narra a história de uma personagem de rua que morava numa caixa de papelão.
Três flashmobs simultâneos
O Festival inclui na programação flashmobs simultâneos na sexta-feira (08). A concentração está marcada para as 12 horas em três pontos: Praça Oito, Praça Costa Pereira e Terminal de Laranjeiras. As apresentações duram cerca de 10 minutos.
A União dos Dançarinos do Espírito Santo (Udes) selecionou previamente 60 dançarinos para agitar as ações. Quem estiver presente na hora da apresentação, também poderá entrar na dança. A coreógrafa dos flashmobs é a dançarina e idealizadora da Udes e do Encontro de Danças Urbanas, em Vitória, Yuriê Perazzini.
O flashmob é um tipo de espetáculo que acontece em algum lugar público e aglomera pessoas que vão realizar alguma ação específica, que neste caso é dançar. A escolha do horário e do local foi proposital já que nesse momento o trânsito de pessoas é mais intenso, permitindo um público maior, com oportunidade de assistir e até mesmo de participar da ação.
Debates
Durante a programação do Festival serão realizadas três mesas de debates. Todas acontecem no Teatro do Sesi, e a entrada é franca. O primeiro encontro será na quinta-feira (07), e terá como tema “O significado social da dança no século XXI”. Participam desse debate Armando Aurich, professor da Escola de Dança Cridança; a paulista Sonia Sobral coordenadora do setor de dança dos “Rumos Itaú Cultural”; e a paulista Vera Sala, professora, criadora e pesquisadora de dança.
O tema da segunda mesa de debates, marcada para sexta-feira (08), será “A dança e as novas linguagens: convergências”. Esse encontro reunirá Aissa Guimarães, doutora em Filosofia da Arte e professora de Mestrado de Arte da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes); Alejandro Ahmed, diretor do “Grupo Cena 11 Cia de Dança”, de Santa Catarina; e Paulo Fernandes, diretor da capixaba “Enki Cia de Dança”.
A última mesa de debate será realizada no sábado (09), e terá como tema “Espaços de dança: olhares sobre a articulação criativa das companhias de dança do Brasil”. Participam do encontro Denize Marques, diretora da “Somos Dez Cia de Dança”, do Espírito Santo; Vera Bicalho, fundadora da “Quasar Cia de Dança”, de Goiás; e Suely Machado diretora do “Grupo de Dança 1° Ato”, de Minas Gerais.
Oficinas de capacitação
Durante o Festival serão oferecidas gratuitamente quatro oficinas de capacitação. O período de inscrições termina nesta sexta-feira (01), e os nomes dos selecionados estão publicados no site da Secult (www.secult.es.gov.br). As atividades serão realizadas entre os dias 08 e 10 de julho, das 09 às 12 horas, na Escola de Dança Cridança.
O curso “Consciência do Movimento” será ministrado por Letícia Teixeira, professora da Faculdade Angel Vianna, do Rio de Janeiro. A oficina apresentará alguns dos elementos da Metodologia Angel Vianna, referência no cenário nacional da dança contemporânea, tais como: direção e apoios ósseos, contorno corporal, movimento interno e livre.
Vera Sala, professora, criadora e pesquisadora de dança, fará um workshop sobre “Investigação da Dramaturgia no Corpo”. O objetivo é ampliar o vocabulário corporal do aluno, a partir da pesquisa de novos caminhos, novas relações e conexões no seu corpo. A pesquisadora já ganhou o prêmio Mambembe, na categoria pesquisadora Performer, em 1998.
Suely Machado, psicóloga, coreógrafa, bailarina e diretora do “Grupo de Dança 1° Ato”, ministrará a oficina “Criação do Gesto”, que consiste em trabalhar as diferentes qualidades dos participantes. Além disso, ela exercitará a preparação cênica do bailarino. As aulas de Suely serão ministradas em parceria com os bailarinos da companhia que dirige.
Marcelo Ferreira, coreógrafo, diretor teatral, ator e bailarino, oferecerá curso “Gestual Dramático Expressionista”. A aula envolve o aluno na dramaturgia contemporânea, artes visuais e audiovisuais. A oficina tem um perfil dança-teatro e apresenta referências de dança e de encenação. Marcelo é diretor da Companhia de Teatro Urgente, de Vitória; e atuou na Cia. Neo-Iaô de Dança por 15 anos.
Oficinas no interior
Terminado o Festival em Vitória, a ação seguirá para o interior do Estado. Serão oferecidas pela Secult, em parceria com a Funarte, duas oficinas nas cidades de Montanha e Castelo.
A oficina em Montanha, chamada “Investigação do movimento”, acontece entre os dias 15 e 17, no teatro da cidade, e será ministrado pela professora, coreógrafa e bailarina Michelle Camargo, de Curitiba.
Já em Castelo, a oficina acontecerá entre os dias 29 e 31 de julho, e será ministrada pelo coreógrafo Gil Mendes, no Teatro Municipal, que ensinará “Composição coreográfica”.
As inscrições devem ser feitas nas Prefeituras envolvidas. Em Castelo, pelo telefone (28) 3542-8532 (Denivam); e em Montanha no (27) 9942-4011 (Jeferson).
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